A redação eletrônica – aspectos pertinentes

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte


 

Tal modalidade está também relacionada a pressupostos específicos 

 

Mediante o dinamismo pelo qual perpassam as relações sociais, o que atualmente se percebe é que muitas correspondências eletrônicas são enviadas e recebidas a todo o momento, o que torna tais relações mais ágeis e mais eficazes. Tal benefício ganha cada vez mais um número maior de adeptos, os quais passaram, simultaneamente, a estabelecer familiaridade com a linguagem escrita. Talvez seja nesse ponto que resida o ápice de nossa discussão, pois por se tratar da modalidade em referência, o emissor precisa estar atento a todos os requisitos que dela fazem parte, visto que precisão e agilidade combinam perfeitamente com clareza – tal qual em todo e qualquer texto escrito em outras circunstâncias, como por exemplo, aquele redigido de forma manuscrita.

Sendo assim, a eficácia da mensagem dependerá de determinados procedimentos por parte do usuário, independentemente de quaisquer situações de interlocução, ou seja, quer se refira ao ambiente corporativo, quer se refira a qualquer outra circunstância tida como informal.

Nesse sentido, o artigo em evidência tem por finalidade apresentar a você, caro (a) usuário (a), algumas importantes elucidações que tratam desse assunto, de modo a conscientizá-lo (a) de alguns posicionamentos fundamentais. Entre eles destacamos:

* Adaptar-se ao nível de formalidade – Eis aí um pressuposto elementar, visto que dependendo do grau de intimidade entre os interlocutores, é bem possível que a linguagem varie de forma significativa. O que na verdade ocorre, é que o emissor, ora se portando igualmente em situações relativas à oralidade, despreocupadamente constrói frases mal organizadas e sem clareza. Considera-se, portanto, um ato falho, pois mesmo que a mensagem tenda a uma certa informalidade, faz-se necessário evitar possíveis desvios que possam comprometer a imagem do redator.

Já em se tratando de comunicações formais, como por exemplo, em substituição a um memorando ou comunicado interno, o cuidado parece ainda mais intenso. Sendo assim, o hábito da leitura e a constante prática da escrita representam procedimentos fundamentais.

* Ideias lógicas, claras e precisas – Há quem pense que preciosismos linguísticos retratam a eficácia da mensagem, ou seja, quanto mais rebuscado for o texto, mais digno de qualidade, mediante os olhos do interlocutor. Entretanto, a simplicidade vocabular nesse momento tende a imperar, dosada entre o não uso de elementos que denotem informalidade, como as gírias, chavões, por exemplo, e o uso de uma linguagem que atenda aos requisitos exigidos pelos padrões formais.

* A releitura – Assim como em qualquer texto, a releitura é fundamental, pois ela evita possíveis ocorrências que possam interferir de forma direta na clareza da mensagem, tais como a falta ou o excesso de sinais de pontuação, desvios ortográficos, desvios relacionados à concordância, entre outros aspectos. Portanto, reler o que você redigiu é necessário para que o discurso atenda às reais necessidades firmadas mediante a intencionalidade discursiva.

* A clareza expressa no tópico frasal – No intuito de otimizar o tempo de leitura, o item “assunto” deve ser uma das prioridades do redator, pois por meio dele já se tem uma síntese do tema principal do texto a ser lido. Como exemplo, analisemos:




* Elegância eletrônica – Ser elegante significa responder a todos os e-mails recebidos, pois ignorá-los pode deixar o remetente em dúvida no que tange ao sucesso do envio da mensagem. Dessa forma, sejamos corteses ao respondermos a um contato e, no final, despeçamo-nos com igual cordialidade.

* E-mails são confidenciais, portanto, pelo fato de não aparecerem lacrados em envelopes, tal como ocorre em outros tipos de correspondência, prega a boa educação que não se tenha acesso a eles sem a devida permissão do destinatário, nem tampouco que sejam repassados a outras pessoas sem o devido consentimento desse.

* Manter a imparcialidade é fundamental nessa circunstância comunicativa – O que na verdade temos que ter em mente é que escrever não se assemelha ao ato de estarmos frente a frente com nosso interlocutor. Sendo assim, não podemos usufruir de recursos relacionados à oralidade, tais como expressões fisionômicas e recursos corporais. Nesse ínterim, de posse dos domínios que a linguagem escrita exige, é melhor se manter imparcial, de modo a não correr o risco de ser mal interpretado. Diante disso, escrever em CAIXA ALTA, como se estivéssemos gritando, não é recomendável, logo, conhecer as limitações dessa tecnologia é, sobretudo, sinal de competência enquanto interlocutor – o que exige dos envolvidos na conversa, um comportamento verbal adequado à situação, ou seja, um tanto quanto comedido.

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