Morfossintaxe do pronome

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

A morfossintaxe do pronome se encontra demarcada por aspectos específicos, retratados mediante uma análise contextual da oração.

A morfossintaxe do pronome se define por pressupostos específicos
A morfossintaxe do pronome se define por pressupostos específicos

Atendo-nos aos conhecimentos de que dispomos acerca dos fatos linguísticos, tomamos consciência de que a palavra morfossintaxe, em se tratando dos aspectos semânticos a ela atribuídos, resulta na junção de aspectos morfológicos associados a aspectos sintáticos. Assim, acerca de tal afirmativa, equivale afirmar que uma deteminada palavra, com referência à classe gramatical a que pertence, pode assumir funções sintáticas distintas, dependendo do contexto oracional em que se encontrar inserida.

Nesse sentido, como nosso alvo principal se define pelo estudo do pronome, uma vez representando uma das dez classes gramaticais de que temos conhecimento, temos de ter consciência de que ele pode, assim como outras classes, assumir funções sintáticas distintas. Munidos então de tal pressuposto, passemos a concretizar os reais objetivos a que nos propomos, conferindo acerca de quais sejam essas funções sintáticas, tendo com subsídio, obviamente, os exemplos em questão:

Eles chegaram eufóricos.

Temos que, no que diz respeito à morfologia, o termo “eles” pertence à classe dos pronomes pessoais do caso reto.

Agora, em se tratando da função que esse pronome exerce com os demais termos da oração em voga, afirmamos que ele desempenha o papel de sujeito.

Alguém chegou lá fora.

Idem à análise que fizemos da oração anterior, conhecimentos apontam que o termo “alguém” se classifica como um pronome indefinido. Assim, levando em conta a função por ele desempenhada na frase, concluímos se tratar de um sujeito, da mesma forma como ocorreu com o pronome analisado anteriormente.

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Partamos para outros casos representativos:

Não fale nada a ninguém.

Ninguém, classificando-se como um pronome indefinido, ocupa agora a função sintática de objeto indireto, complementando, portanto, o sentido do verbo dizer, que, por sua vez, caracteriza-se como transitivo direto e indireto.

Os culpados foram eles.

Quem diria que o predicativo do sujeito poderia também ser representado por um pronome? Sim, surpresas reservadas à língua, haja vista que mesmo sendo um pronome pessoal do caso reto – eles –, aqui, nesse contexto, assume a função sintática  de predicativo, como já afirmado, justamente por ligar uma característica ao sujeito por meio de um verbo de ligação (verbo ser).

Muitos turistas desistiram da viagem quando souberam do alto preço dos pacotes.

Analisando o termo “muitos”, trata-se de um pronome adjetivo indefinido, visto acompanhar o substantivo “turistas”.  Realizando uma análise acerca das funções sintáticas por ele desempenhadas, concluímos se tratar de um adjunto adnominal.

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